20.2.08

Cuba sem Fidel


Esta semana o mundo se surpreendeu com a renúncia do presidente cubano Fidel Castro Ruz, 81 anos, licenciado do cargo desde julho de 2006 devido a problemas de saúde. O irmão do ditador, o General Raúl Castro, 76 anos, que assumiu a presidência de forma interina deve continuar no cargo definitivamente. Fato que deve ser confirmado na Assembléia Nacional, no próximo domingo, onde o parlamento escolherá os 31 membros do Conselho.

Com a saída do maior representante do socialismo cubano deve ocorrer na ilha uma abertura econômica semelhante a que ocorreu na China, ou seja, entrará o capital estrangeiro, porém o governo continuará controlando o mercado. O desejo de muitos cubanos, inclusive dos que moram em Miami, e da maioria dos líderes mundiais é que aconteça uma lenta transição para o capitalismo. Porém, mesmo com a renúncia, Fidel continuará influente e com voz ativa no governo. Muitos especialistas alegam que tal fenômeno poderá acontecer somente quando o mais velho dos irmãos Castro estiver morto.

Pelo jeito, os 49 anos da ditadura deixaram sua marca por muito tempo em Cuba, para o povo melhorará muito pouco ou quase nada. Por outro lado, há um temor que a repressão a manifestações populares aumentem de forma considerável, ou seja, o que num primeiro momento gerou uma certa esperança de melhorias, pode dificultar as coisas para a população, que já vinha sofrendo com a ditadura, com a falta de liberdade, pobreza e perseguição. Calcula-se que pelo menos duas centenas de presos políticos continuem em poder do governo, e que pelo menos 17 mil pessoas tenham sido mortas sob o comando de Fidel. Tudo indica que milhares de Cubanos continuaram fugindo da ilha, por muito tempo.


O que dizem alguns governantes:

Luiz Inácio Lula da Silva - Presidente do Brasil

“O grande mito continua. Ele construiu isso à custa de muita competência, muito caráter e força de vontade e também de muita divergência e polêmica.”

George w. Bush – Presidente dos EUA

“Isto deve ser o começo da transição democrática para o povo de Cuba. Os cubanos são os que mais sofreram sob Castro.”

Oscar Arias - Presidente da Costa Rica

“ Uma mudança para estabelecer uma democracia aos moldes ocidentais em Cuba não acontecerá até a morte de Fidel Castro.”

Por enquanto isso, boa sorte a todos!

escrito por RODRIGO BORBA
Comente sobre esse post! Fidel renunciando é bom ou ruim para Cuba e para o resto do mundo?

Um comentário:

Anônimo disse...

riquissimo texto