Como é bom ir ao jogo do Grêmio no fim de semana com os amigos, né? CervejinhaS, solzinho, calor, aquela coisa toda... Melhor ainda se for com as amigas. Daí sim ta completo. E foi isso que queria. Um domingo completo. Coloquei minha camiseta da época da Ironcryl ,ainda, já surrada e me fui ao jogo com as três. Chegando lá, estávamos saindo da emocionante vitória do tricolor quando passamos por vários, um graaande grupo de amigos manos. Manos altos, magros, fortes, gordos cada qual com sua peculiaridade “manística”. E um deles como esperava, já de antemão há uns dez metros, deu-me um encontrão. Pensei, então: “Puta merda”. Mas continuei sem ouvir meus próprios pensamentos medrosos. Quando fomos atravessar a rua, veio um carro em alta velocidade, por isso, saímos meio que “correndinho”... Quando ouço: “Cagããão! tá correndo por que, bichinhaaa?”. Como estava com as gurias tive a reação que, com certeza, qualquer outro cara homem teria...
- O que foi o filho da puta, fica na tua o merda !!
NUOSSA!! Pensei: “Nuossa!” Me surpreendi com meu desempenho. Naquele momento, mesmo eles sendo uns 254 (uns10 na verdade) falei aquilo. Agora eu era o grande, forte, o destemido Fabrício. O Fabrícião Terror da Azenha!! E continuei minha saga...
Então, estávamos, eu e minhas amigas acompanhadas a não ser de mim o dos cachorros quentes, encostados na parede. Quando veio até mim uma cara e disse: “Meu, aqueles caras querem briga contigo, se eu fosse tu eu saia daí...” E como naquele momento eu era o poderoso Fabrício, respondi: “Fo-da-se!”. Até aí tudo bem ainda...Quando vi, veio um dos 360 manos até mim. E ele foi se aproximando, se aproximando...e atrás outro, logo, o terceiro enquanto os outros 433 apenas olhavam de longe. Mas pensei: “ Caralho, agora vão vindo um por um até formarem um coletivo de manos pra me darem o maior pau da minha vida”. Então um falou simpático até demais:
- Cara, a gente não ta pela briga. (Tradução na minha mente: a qualquer momento te daremos um soco) Mas pra que fala aquilo, mano? Era arreganho nosso...
- Que foi, cara! Vocês que vieram com encontrãozinho, porra! Agora querem vir conversar...
Uhuul! Tudo continuava indo bem. Que resposta, Fabrícião, que resposta... Mas por dentro estava me cagando de medo.
E o outro se aproximou com uma garrafa...
- PÔ!, Mas, véio, tamo na paiz, mano, má tu não abusa, fica na tua...
E esticou a mão para um amigável aperto de mão... Pensei, então: “Sai, meu vocês vão me bater”
- Sai, meu, vocês vão me bater!
- Risadas !
PUTZ! Saiiiu! Eu não pensei. Eu falei, caara, tava indo tudo tãão bem. Eu era o grande e temerário Fabricião poder master e virei ,em segundos, o cagão e acovardado Fabrício franguinho.
Acho que aquela história de pensar antes de falar as vezes vale a pena ...
escrito por Fabricio Lunardi.
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